sábado, 3 de dezembro de 2011

Ano de 2011


Descobri mais sobre mim mesma esse ano do que em qualquer outro. Tá certo que todo ano devia ser ano de descoberta, e que você devia aprender cada vez mais sobre você em relação a você mesmo e em relação aos outros. MAS, pra mim, esse ano foi diferente.

Faculdade, maior idade, amizade, paixão, limites, compromissos, medos, decisões. Tudo junto e misturado.

Eu acreditava cegamente de que a faculdade seria um extensão do ensino médio, com a diferença das matérias específicas. Apenas isso. Mas aprendi que não, que você tem apenas uma oportunidade de aprender aquilo, e aprender bem, porque é o seu futuro profissional que está em jogo, não suas notas ou sua obrigação com seus pais. Envolve você e você, apenas, porque, em tese, está fazendo algo que escolheu fazer pro resto da vida, a princípio, CLARO.

Então fiz 18 anos e, tá, é só uma idade, mas e daí? É mais importante que fazer 15, porque você muda em relação a leis. O que não podia te afetar, agora afeta. Agora você sofre as consequências de suas atitudes no convívio com os outros, na sociedade. E o fato de dirigir? Acredite, não facilita, porque é muito bom ter quem te leva e te busca, são eles (ou ele, ela) que vão enfrentar trânsito, motoristas ruins, pontos cegos... É legal poder falar: "agora eu posso, porque é só pegar o carro", chato é fazer isso, todos os dias.

Amizade. Putz, podia fazer um tópico ENORME sobre isso. Cada pessoa tem suas características próprias, seu modo de falar, de agir. Sim, clichê, mas ajuda se você não se esquecer disso. Um novo conhecido não é igual a seu velho amigo, nem nunca será, não são a mesma pessoa. Portanto, não faça as mesmas brincadeiras, ou aja da mesma maneira, as repercussões podem não ser boas. Além de que, você é um estranho para o outro, também, então ele(a) também não sabe como agir em relação a você. E lembre-se também que amigos não nascem em conversas de 1 dia, ou 1 mês, amigos levam tempo, você precisa de muita convivência para poder dizer "conheço aquele cara! É meu amigo!" e não estar mentindo. Esse ano pra mim, foi repleto de amizades novas. Selecionei quem queria que fizesse parte do meu convívio social, fiz testes (como escolher uma pessoa qualquer pra fazer parte de um grupo de trabalho), descobri novas coisas sobre mim, reafirmei outras e descobri que não é errado escolher, mesmo que seja uma escolha errada.

Hah, é muito interessante o que você pode descobrir sobre si mesmo falando/convivendo com os outros.

Paixão. Coisinha complicada que só te ferra. Bem, só me ferrou, se deu certo pra você, ÓTIMO, meus parabéns, fico muito feliz, de verdade. Tive algumas paixões, trocas de olhares, sem palavras. Muito interessante porque não se sabe o que o outro está pensando e você pode criar tuuudo na sua cabeça, do jeito que quiser. Só que aí surge o problema da idealização. Cuidado com a imagem que cria do outro porque ele pode (e vai) te decepcionar. Tive também uma experiência nova, nada agradável (não estou falando de sexo) que envolve tudo que já falei até agora sobre amigos e paixões. É, poucos dias não são suficientes para se conhecer alguém. Muito menos para se envolver com essa pessoa. NO ENTANTO, é muito bom se apaixonar. Olhar aquela pessoa e imaginar como daria certo, situações em que as coisas funcionariam e vocês fossem felizes. É tudo muito bom, dentro da sua cabeça.

Limites. Na primeira vez que for beber, não encha a cara. Você não conhece o limite de seu corpo e pode passar mal haha Nessas experiências todas desse ano descobri que minha paciência tem um limite, que as brincadeiras levadas a sério deixam de ser brincadeiras e o estrago já foi feito, descobri que sou muito insistente (novidade pra mim, de verdade) e que não gosto de grude, principalmente de pessoas recém-conhecidas. Outro clichê, acredito eu: quando algo é destruído, como a confiança, não existe recuperação disso. Não volta. Pelo menos não pra mim, e isso é bem interessante. Peculiar, eu diria.

Nesse ano, me comprometi com tantas coisas que descobri meu limite para cada uma delas. Inclusive, meus pais me ajudaram a não me comprometer ainda mais, já que curto abraçar o mundo com as mãos hahaha E ano que vem... Melhor, de agora em diante, vou começar a exercitar meu "não" e a fazer apenas aquilo que consigo dar conta. Hábito que achei que tivesse adquirido.

Prestei outra faculdade, e lá vem aquele super medo de não conseguir, e a ansiedade, a preocupação, a cabeça a mil... Clichê. Mas será que tudo que envolver prova e competição vai mexer tanto comigo dessa forma? Não é agradável, muito menos bom e não gostaria que mexesse.

E aí vem as decisões. Devo fazer outro curso? Se eu passar, como serão meus próximos anos? Caso tenha que abandonar uma faculdade, qual? Vou trabalhar? Quando? Onde? Faço isso ou aquilo outro? É tanta coisa pra decidir. Nesse caso, gosto de ter o controle sobre tudo, quero saber se poderei viajar, se terei $ para comprar isso ou aquilo. Mas não sou Deus e tenho que aprender a viver um dia de cada vez...

2011 foi uma bomba. Uma caixinha de surpresas. Um turbilhão de emoções. Esse ano foi uma salada. E espero muito que ano que vem também seja, porque preciso me descobrir, preciso aprender mais de mim para que possa aprender mais dos outros. E possa conviver bem, com todos.

Espero que o ano de vocês também tenha sido interessante. E espero que o próximo seja ainda mais.