terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Envelhecer



Tic-tac. Os segundos passam, e com eles os minutos, horas, dias, semanas, meses e anos.

Somos expostos a milhões de imagens. Milhões de estímulos. Vemos milhões de pessoas todos os dias, testemunhamos cenas que nos chocam, que nos intrigam, que nos alegram, que nos tornam indiferentes.

Temos tantas coisas disponíveis que torna difícil escolher. 

São tantas tarefas que ocupam nosso tempo, tantas coisas fúteis, coisas importantes, compromissos, desafios, que esquecemos que o tempo passa e que envelhecemos.

É tudo tão intenso ou tão lento que raramente reservamos momentos de nosso tempo para pensar nas mudanças que ocorreram conosco, pensar nas ações que costumávamos tomar, nas coisas que nos incomodavam e que não incomodam mais, ou nas pessoas que costumavam fazer parte do nosso círculo de amigos e que sorrateiramente, quase sem percebermos, se tornaram meros conhecidos.

Envelhecer é um processo irremediável, não se foge ao passar do tempo. Não podemos viver simplesmente por viver, as coisas não devem passar por nós automaticamente. Tudo tem um motivo para acontecer, um motivo para nos irritar, para nos alegrar.

Quando percebemos que o tempo passado não é recuperado e que poderíamos ter feito coisas melhores, cultivado amizades novas, reciclado as antigas, feito um curso, lido mais livros...

Enfim, é meio cedo para ter crises de idade, certo?