sábado, 3 de dezembro de 2011

Ano de 2011


Descobri mais sobre mim mesma esse ano do que em qualquer outro. Tá certo que todo ano devia ser ano de descoberta, e que você devia aprender cada vez mais sobre você em relação a você mesmo e em relação aos outros. MAS, pra mim, esse ano foi diferente.

Faculdade, maior idade, amizade, paixão, limites, compromissos, medos, decisões. Tudo junto e misturado.

Eu acreditava cegamente de que a faculdade seria um extensão do ensino médio, com a diferença das matérias específicas. Apenas isso. Mas aprendi que não, que você tem apenas uma oportunidade de aprender aquilo, e aprender bem, porque é o seu futuro profissional que está em jogo, não suas notas ou sua obrigação com seus pais. Envolve você e você, apenas, porque, em tese, está fazendo algo que escolheu fazer pro resto da vida, a princípio, CLARO.

Então fiz 18 anos e, tá, é só uma idade, mas e daí? É mais importante que fazer 15, porque você muda em relação a leis. O que não podia te afetar, agora afeta. Agora você sofre as consequências de suas atitudes no convívio com os outros, na sociedade. E o fato de dirigir? Acredite, não facilita, porque é muito bom ter quem te leva e te busca, são eles (ou ele, ela) que vão enfrentar trânsito, motoristas ruins, pontos cegos... É legal poder falar: "agora eu posso, porque é só pegar o carro", chato é fazer isso, todos os dias.

Amizade. Putz, podia fazer um tópico ENORME sobre isso. Cada pessoa tem suas características próprias, seu modo de falar, de agir. Sim, clichê, mas ajuda se você não se esquecer disso. Um novo conhecido não é igual a seu velho amigo, nem nunca será, não são a mesma pessoa. Portanto, não faça as mesmas brincadeiras, ou aja da mesma maneira, as repercussões podem não ser boas. Além de que, você é um estranho para o outro, também, então ele(a) também não sabe como agir em relação a você. E lembre-se também que amigos não nascem em conversas de 1 dia, ou 1 mês, amigos levam tempo, você precisa de muita convivência para poder dizer "conheço aquele cara! É meu amigo!" e não estar mentindo. Esse ano pra mim, foi repleto de amizades novas. Selecionei quem queria que fizesse parte do meu convívio social, fiz testes (como escolher uma pessoa qualquer pra fazer parte de um grupo de trabalho), descobri novas coisas sobre mim, reafirmei outras e descobri que não é errado escolher, mesmo que seja uma escolha errada.

Hah, é muito interessante o que você pode descobrir sobre si mesmo falando/convivendo com os outros.

Paixão. Coisinha complicada que só te ferra. Bem, só me ferrou, se deu certo pra você, ÓTIMO, meus parabéns, fico muito feliz, de verdade. Tive algumas paixões, trocas de olhares, sem palavras. Muito interessante porque não se sabe o que o outro está pensando e você pode criar tuuudo na sua cabeça, do jeito que quiser. Só que aí surge o problema da idealização. Cuidado com a imagem que cria do outro porque ele pode (e vai) te decepcionar. Tive também uma experiência nova, nada agradável (não estou falando de sexo) que envolve tudo que já falei até agora sobre amigos e paixões. É, poucos dias não são suficientes para se conhecer alguém. Muito menos para se envolver com essa pessoa. NO ENTANTO, é muito bom se apaixonar. Olhar aquela pessoa e imaginar como daria certo, situações em que as coisas funcionariam e vocês fossem felizes. É tudo muito bom, dentro da sua cabeça.

Limites. Na primeira vez que for beber, não encha a cara. Você não conhece o limite de seu corpo e pode passar mal haha Nessas experiências todas desse ano descobri que minha paciência tem um limite, que as brincadeiras levadas a sério deixam de ser brincadeiras e o estrago já foi feito, descobri que sou muito insistente (novidade pra mim, de verdade) e que não gosto de grude, principalmente de pessoas recém-conhecidas. Outro clichê, acredito eu: quando algo é destruído, como a confiança, não existe recuperação disso. Não volta. Pelo menos não pra mim, e isso é bem interessante. Peculiar, eu diria.

Nesse ano, me comprometi com tantas coisas que descobri meu limite para cada uma delas. Inclusive, meus pais me ajudaram a não me comprometer ainda mais, já que curto abraçar o mundo com as mãos hahaha E ano que vem... Melhor, de agora em diante, vou começar a exercitar meu "não" e a fazer apenas aquilo que consigo dar conta. Hábito que achei que tivesse adquirido.

Prestei outra faculdade, e lá vem aquele super medo de não conseguir, e a ansiedade, a preocupação, a cabeça a mil... Clichê. Mas será que tudo que envolver prova e competição vai mexer tanto comigo dessa forma? Não é agradável, muito menos bom e não gostaria que mexesse.

E aí vem as decisões. Devo fazer outro curso? Se eu passar, como serão meus próximos anos? Caso tenha que abandonar uma faculdade, qual? Vou trabalhar? Quando? Onde? Faço isso ou aquilo outro? É tanta coisa pra decidir. Nesse caso, gosto de ter o controle sobre tudo, quero saber se poderei viajar, se terei $ para comprar isso ou aquilo. Mas não sou Deus e tenho que aprender a viver um dia de cada vez...

2011 foi uma bomba. Uma caixinha de surpresas. Um turbilhão de emoções. Esse ano foi uma salada. E espero muito que ano que vem também seja, porque preciso me descobrir, preciso aprender mais de mim para que possa aprender mais dos outros. E possa conviver bem, com todos.

Espero que o ano de vocês também tenha sido interessante. E espero que o próximo seja ainda mais.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

É interessante

É tão interessante como Deus te prepara para passar por certas fases.

Como Ele prepara amigos com quem compartilhar as coisas, como melhora a situação para você (porque Sua misericórdia é grande!) quando você não vigia e comete um erro. Como ele te salva das pessoas más e das que criam contenda. E como não te salva delas, para você aprender a vigiar e a ser um pouco mais prudente.

É interessante como as coisas são cíclicas - e como não deviam, porque se aconteceu de novo é porque você não aprendeu a lição - e como você quebra a cara várias vezes para não se esquecer de que nem sempre pode confiar em seu julgamento.

É interessante, e ironicamente triste, ver que, por mais que você acredite em algumas pessoas e, dessa forma, ache que o mundo pode ser um lugar melhor do que aparenta, a mesma pode se tornar contra você e aí... Aí é péssimo, porque quando alguém quer criar confusão, a pessoa consegue!

Mas sabe o que é ainda mais interessante? Você aprender com tudo isso e não deixar as coisas ficarem piores do que já são. Mesmo ganhando algumas cicatrizes, existe sempre alguém maravilhoso que não vai te deixar cair e que vai te ouvir, mesmo que você encha o saco e que você só fale com Ele quando precisar.

No meio de todas essas reviravoltas cíclicas, aprendi a duvidar de tudo, menos de Deus. O que não inclui, logicamente, os filhos (homens e mulheres) dEle.

Já entreguei tudo nas mãos dEle e não vou me preocupar. Agora, quer ouvir a Deus? É só estar sensível pra ouvir. O que é muito revelador. E interessante :D

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Itzhak Perlman - Massenet (Meditation from Thais)



Aquele momento em que você resolve seguir o caminho mais difícil, porque sabe que ele trará mais recompensas. Sabe que, quanto mais intimidade quiser ter com Ele, maior a luta, maiores as dificuldades.

Você sabe que é difícil. Sabe, porque se conhece, que provavelmente tentará desistir durante a caminhada. Mas a vontade que tem de chegar mais perto, de conhecer mais, de ter acesso direto e "instantâneo" é maior que tudo isso. Você sabe que sem todas essas coisas, a situação já é complicada, porque parece que falta algo, quando chegar lá, as coisas serão... Serão incríveis!

Nem sempre as aflições são ruins, nem sempre evitar o desastre é tão bom quanto enfrentá-lo, quanto sofrer e vencer.

Mas por outro lado, também sabe que a dificuldade maior não é atingir a meta, mas manter o que se alcançou. É sempre mais fácil você cair do que levantar, assim como é bem mais fácil você desanimar e ter que recomeçar, depois. Na verdade, nem isso, o recomeço nunca é fácil.

Aliás, o que, na vida, é fácil? Ah, sim, respirar. E nem isso, para algumas pessoas.

Postei no facebook esses dias que "com Jesus, pode cair o mundo que estou em paz". E estou/estarei mesmo, porque Ele está comigo, e porque sei dos meus possíveis fins.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Na minha cabeça

Ouvi uma frase muito interessante hoje, tanto que surgiu ideias muito boas na cabeça:
"Por que o autor preferiu escrever sobre uma fantasia de amor?
R.: Porque na cabeça das pessoas tudo tem um final feliz, não existem complicações; já na vida real, o amor dói"
Mas, calma ae, não vou escrever sobre o drama do amor, vou escrever sobre o amor platônico!!


Ahh, o vi hoje. Ele estava tão bonito, tão simples. Estava tão característico a ele mesmo.
Quando ele me viu, sorriu, não um sorriso forçado, mas um sorriso completo, seus olhos sorriram também! Não cheguei perto dele, porque as pessoas estavam olhando, mas não esperava que ele viesse falar comigo, muito menos que dissesse que sentiu minha falta. O mais interessante foi que pareceu natural, como se aquilo sempre acontecesse, como se fosse sempre acontecer.

Fui embora feliz, tive uma noite feliz, e o outro dia foi feliz. Não ouvi nada que comprometesse o que sentia por ele, muito menos pensei coisas do gênero, deixei de lado as preocupações e as incertezas para inundar meus pensamentos com a lembrança da sua voz e do seu abraço. Jesus, sou eu que na verdade sinto falta dele!

Então nos vimos mais uma vez, e o senti distante, como se tivesse dito algo muito ruim a ele, ou como se ele, não sei por qual motivo, percebesse que perde seu tempo comigo. Mas criei coragem e perguntei o que houve. "Nada, está tudo bem". Mas soube que não. A transparência dele é grande e é fácil descobrir quando as coisas não estão bem. Mas ele é livre para esconder as coisas, assim como é livre para dizê-las.

Embora não seja livre da preocupação, ou do medo. Muito menos de minha característica intrínseca que é a curiosidade (ou o medo de ter feito besteira). Esperei e insisti. A resposta é inesperada, mas aliviadora. "A vida... Muitas coisas...". A réplica é ousada, mas necessária. "Estarei aqui, para o que você precisar".

Ele disse que precisava de mim. Não sabia o que dizer, e chorei. Não tenho o costume de chorar, não sei se chorei de felicidade ou se foi a expectativa de ouvir algo ruim. Ele me abraçou. Não sei se era eu, ou se ele, ou nós, mas foi uma emoção intensa que senti, quase como se "we were meant to be" (fôssemos feitos um para o outro).

Você segurou minha mão, e sei que, naquele momento, estar com você "pro que der e vier" era o melhor lugar em que podia ficar. E é onde ficarei.


Como li no facebook, hoje cedo: "Quer lealdade? Compre um cachorro. Quer romance? Compre um livro". Acrescento: "Quer romance? Invente-o, mas lembre-se de que é tudo na sua cabeça".

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Luz que clareia o pensamento

"Em um momento tão confuso, tão carente e tão escuro, espero ter um encontro lúcido com uma luz que clareia o pensamento" Marcelo Paiva

Quantas vezes estamos sozinhos pensando em alguém, em algo que a pessoa fez, que entristeceu ou que confundiu e/ou em algo que gostaríamos que ela fizesse? Ficamos frustrados, magoados, receosos, imaginando mil possibilidades! E ainda existe aquela angústia que, às vezes, nos assola fortemente, que faz com que, não importa qual seja a lembrança, ela assuma um significado ruim, traga uma memória ruim, até que tudo que lembre a pessoa seja revestido de sensações ruins!

Às vezes nós mesmos tentamos trazer uma memória boa à tona, na esperança de que a angústia vá embora, e nada! Aí pensamos nas pessoas que presenciaram esses momentos! Pensamos nas caras de perdidos, nas risadas, no constrangimento. Pensamos na relação que temos com elas, na amizade, nas confusões, nas intrigas, então lembramos de algo bom, um sorriso, uma risada, uma frase.

A memória nós traz situações semelhantes, de outras risadas, de outras frases. Nós rimos, falamos sozinhos, nos achamos bobos, até que a pessoa surja de novo! Mas o embalo da memória é grande e, quando menos imaginamos, os sentimentos ruins são substituídos por uma sensação gostosa de saudade. Uma saudade boa, que faz bem. Uma saudade revestida de esperança, de possibilidades positivas.

Tudo que começou com uma pessoa, uma carência, pode levar a tantos pensamentos, tantas reflexões. Revemos acontecimentos, por óticas diferentes; às vezes as situações mudam de perspectiva, às vezes elas ficam mais confusas e às vezes elas se tornam mais importantes.

Às vezes não acontece nada.

Pensar, de forma geral, é como andar num prédio abandonado e desconhecido. Alguns cômodos, corredores, estão iluminados, facilitam sua passagem; alguns são escuros, você precisa andar devagar; alguns você precisa acender a luz para enxergar melhor, alguns estão tão escuros que fazem você parar. Mas em todo lugar que você entra, você sai. Não importa qual o caminho que você faz, você chega à saída.

Se você pensar em algo, com diferentes pessoas, que vão te mostrar diferentes ideias, diferentes pontos a considerar, você vai chegar a lugares distintos, passar por cômodos distintos, até encontrar uma saída, uma ideia final, algo definitivo. Você passa a conhecer o prédio! E não terá mais problemas ao passar por ele!

Existem diversas "luzes" que interferem no pensar: uma música, uma pessoa, um fato, uma lembrança que surge do nada, uma mensagem, um filme. Cuidado com a que você escolhe, porque embora nós queiramos sofrer com pensamentos ruins (sim, às vezes faço isso), não podemos ter uma tendência negativa de pensar, pensar positivo é bom, por mais que a realidade nos mostre algo diferente (contraditório? talvez haha).

sábado, 1 de outubro de 2011

Colocar nas mãos de Deus

Promessas, planos, metas, objetivos.

Toda nossa vida é baseada em algo. Todos os dias acordamos pensando nas coisas que temos que fazer, no tempo que levaremos para fazê-las, lembramos das pessoas no caminho, às vezes falamos com elas, às vezes não, às vezes pensamos em falar com elas, mas nos esquecemos. Afinal, temos tantas coisas pra fazer que esquecemos do outro.

Eu ouvi várias coisas a respeito de colocar as coisas nas mãos de Deus. Confiar nossos caminhos para que Ele nos direcionasse e pudéssemos desfrutar das coisas da melhor maneira possível (inclua o sofrimento, a provação, a dificuldade no meio).

Algumas pessoas me falam que, não importa qual seja o plano, você precisa pedir um direcionamento a Deus. E falo dos mais simples, como ir a uma festa ou passear no parque. Porque se houver algo ruim que possa te afetar, que você desconhece, você não sofrerá as possíveis consequências disso.

Outras me falam que apenas as coisas grandes, como uma viagem, a compra de uma casa ou um carro, um curso, uma faculdade deve ser consultadas a Deus.

Bem, eu admito que já frequentei muito o primeiro grupo, e que deixei de fazer muitas coisas. Não guardo arrependimentos ou incertezas, eu confio. Agora, sou mais do segundo, não por não acreditar, mas por querer fazer algo sem consultar ninguém. O que, às vezes, eu percebo que pode ser bem imaturo.

O problema não é o que fazer, mas fazer E deixar, de fato, as coisas nas mãos de Deus. ENTREGAR é a palavra que procuro. Muitas vezes não sabemos o que fazer e largamos tudo para que Ele faça o melhor, mas na maioria dessas vezes não temos paciência e voltamos a fazer as coisas do nosso jeito!

Somos inconstantes, ora queremos que Deus faça tudo, ora queremos fazer tudo nós mesmos. E muitas vezes isso se mescla, querendo que Deus faça da nossa maneira. Eu posso ser ousada e exagerada, mas nossa vontade deve ser a vontade dEle! Porque Deus vê a muitos anos a nossa frente! O que parece ser ótimo para nós, hoje, pode ser um grande problema no futuro, as coisas mudam, constantemente, e, redundantemente, nada continua o mesmo.

Então, coloque seus planos nas mãos de Deus e DEIXE-OS LÁ!! Se você não descansa em Deus, se quer fazer da sua forma o tempo todo, você não confia nEle! E se você não confia, como pode querer que Ele te abençoe, que te dê isso, te livre daquilo? O "não" de Deus é mais certo do que o "não" de nossos pais. Se ele te proíbe, querido... Respeite :)


Só queria compartilhar um pensamento.
Fiquem com Deus.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Não muda nada

Ouvi uma notícia triste hoje, e fiquei sem reação.

Um amigo, um irmão, está com câncer e não tem cura. É a primeira pessoa próxima que conheço que tem essa doença e como eu nunca passei por situação semelhante, não sei o que fazer, ou o que dizer, ou como agir.

E a pessoa diz: "Vou agir como se nada tivesse acontecido".

Me pergunto "Será isso possível?". A pessoa sabe que, a qualquer momento, ela pode ter uma recaída, apesar dos tratamentos; sabe que as coisas serão diferentes.. Poxa, a vida está terminando!!

O que vocês fariam se descobrissem que tem 5 anos de vida? Vocês fariam tudo que um dia tiveram vontade de fazer? Vocês ririam de tudo ou falariam o que pensam? Vocês mentiriam pra deixar o outro feliz ou falariam a verdade, mesmo que doesse? Vocês chorariam pelo que não viveriam? Colocariam a culpa em Deus?

Como podem dizer que agirão como se nada tivesse acontecido, como se nada vai acontecer?

Eu posso ser insensível ou dura, mas eu não entendo!! O que se passa na cabeça de alguém? O que vai acontecer agora? Como serão as coisas?

Não acredito que não mude nada. Tudo muda :( Mas tudo não mudaria, de qualquer forma?

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Engraçado como incorporamos características de pessoas - não importa se forem boas ou más, se forem nossas amigas ou não - que exercem algum tipo de influencia em nossa vida. Mais engraçado ainda é como essas características permanecem, não importando se fomos jogados fora por elas, ou nem notados.

A convivência humana é muito engraçada.

Pena que não a levamos tão a sério; ainda bem que não rimos sempre dela.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Morre lentamente



"Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.



Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.


Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.


Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.



Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.



Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.



Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e, na maioria das vezes, isso não é opção e sim destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.



Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.



Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar"

Martha Medeiros

sábado, 20 de agosto de 2011

Momento dramático do amor

Que saudade de postar coisas fofas e românticas!
Aqui uma homenagem ao arrasador de corações, que tira nossa calma e nossa paciência:






"A moça... Ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor para curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe para trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar" (Caio F. Abreu)


Então me abraça, como se não houvesse amanhã, como se só existisse eu e você. Me abraça e retira qualquer dor, qualquer medo, problema, angústia. Me abraça, arrasta-me pro seu mundo, e me salva e me ama (apenaspalavras)


Quero um abraço. Mas não é qualquer abraço, um quero um abraço específico, me entende? Eu queria um ombro pra deitar. Mas não qualquer um, eu queria o dele. Eu queria alguém aqui comigo assistindo filmes de terror. Mas não qualquer um, alguém que fosse me proteger quando eu ficasse com medo. Eu quero muitas coisas, e todas elas levam a ele (frasesdegarota)


"Romance is the pleasurable feeling of excitement and mystery associated with love" (Wikipedia)


Tá bom né :)



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poética I

De manhã escureço
De dia tardo
De noite anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo

Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã

Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Sem liberdade, é difícil conceber-se responsabilidade individual"

Se você não é livre para errar, as pessoas não podem cobrar as consequências como algo exclusivamente seu, afinal, você foi induzido ao erro, por não ter tido a liberdade de escolha. Redundante e confuso isso.

domingo, 14 de agosto de 2011

Um planeta melhor





"Todo mundo pensa em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"



Eduque seu filho e ele saberá como tratar seus colegas, como amar uma mulher (ou um homem), saberá respeitar as leis (que não foram feitas para serem desobedecidas. Se alguém as escreveu, é porque as pessoas já faziam errado e as coisas não funcionavam, pense nisso).

Terá valores como honestidade, sinceridade, malícia sem maldade.


Saberá que não se cresce pisando no outro (se você mostrar que tem características que o diferencie do outro e que, portanto, serve melhor para aquilo do que ele, não precisa pisar em cima) nem que a competição precisa ser desleal. Aprenderá que se ele souber administrar o dinheiro que tem, não precisará criar dívidas; e que, se souber viver com o que tem (e não quiser cada vez mais e mais), sobrará para todos, então, logicamente, todos terão.

Se for bem ensinado, ensinará bem.

Se todos forem bem ensinados, logo as guerras se tornaram discussões racionais sobre o estritamente necessário, não sobre "mágoas passadas". E, logo mais, não haverão guerras.

Se todos ensinarem bem seus filhos, a inveja por coisas fúteis diminuiria.

Se todos ensinarem bem seus filhos, todos saberiam cuidar bem do lugar em que vivem, sem jogar lixos na rua, ou desperdiçar água porque não é você quem paga. Saberiam que, se todos cuidarem bem do lugar em que vivem, não precisariam reclamar de estar fazendo sua parte e os outros, não. Porque todos seriam bem educados.


Ao invés de desejar um planeta melhor, comece você mesmo a mudar.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Uma frase

"Trabalhe aos poucos para ganhar uma reputação e nunca descanse, pois é preciso muito mais esforço para mantê-la do que para conseguí-la"

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A velocidade da vida




A vida acontece tão rapidamente, com quilos e quilos de informações sendo despejadas por minutos que ficamos sobrecarregados e deixamos de viver.


Queremos aproveitar tudo que é criado, e esquecemos de aproveitar o que já existe.


Às vezes paramos e olhamos para trás, olhamos ao nosso redor, e percebemos quanto mais poderíamos ter feito, e desejamos mudar. Mas fica só para um desejo mesmo, porque falta força de vontade para deixar toda a tecnologia de lado, toda a enxurrada de informações.


Ninguém quer ficar para trás, ninguém quer ser esquecido ou ser taxado como "primitivo".


É difícil viver parado quando o mundo todo se movimenta. E mais difícil ainda é se adequar a isso, de maneira a viver sem ter que se preocupar em se manter atualizado 24 horas, mas mesmo assim se mantendo atualizado.


Acredito que esse é o maior desafio do séc. XXI. Se desligar mas sem de fato estar desligado, e mesmo assim conseguir dormir bem.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Isso acontece várias vezes


"Já se perguntou o porquê de eu estar rindo com um grupo de amigos em um momento, mas dois segundos depois ter um olhar distante em meus olhos; três segundos depois não ter ideia do que eestão conversando; quatro segundos depois desejo estar em qualquer lugar menos ali; cinco segundos depois estou forçando um sorriso e fingindo que sei o que está acontecendo, quando na verdade estou ocupada com todos os pensamentos na minha cabeça maluca"


Traduzi o mais próximo que consegui.



Às vezes isso acontece numa frequência alarmante, mas fazer o que? Esperar, né.