quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Coisas que passam pela cabeça

Boa tarde, galera!

Sabe aquele momento em que você quer um pouco de silêncio para pensar? Seja ou para sonhar acordada ou para xingar e criar um cenário destrutivo para alguém ou se lamentar pela injustiça e hipocrisia que está por aí ou seja apenas para olhar as coisas (cadeiras, chão, teto, árvores, paredes, moscas, sujeira, blablabla)? Ou até para ficar longe das vozes dos outros e de suas conversas?

Eu costumo dizer que sou antisocial e que é por isso - embora essa parte eu não diga - que não vou a festas e/ou qualquer evento com mais de 100 pessoas. Principalmente as conhecidas (elas sempre vão ficar chateadas se você não conversar por, pelo menos, 5 minutos). Existe também a parte do "não converse com estranhos" que nossos pais nos ensinam desde que somos uns bostinhas - se é que um dia deixamos de ser. E que não faz sentido, já que, se você não conversar com estranhos, não os conhecerá. A não ser que eles venham até você E você não os chute.

E em toda a minha reclusão (introversão, whatever), tive tempo de me perguntar sobre várias coisas, sejam elas muito inúteis ou muito interessantes (o que vai depender muito do que você considera útil e interessante). Como, por exemplo:
1. qual a nota musical do barulho da chuva e/ou da campainha (você realmente nunca pensou nisso?);
2. por que os políticos nunca pensaram em criar algum tipo de infraestrutura que protegesse as pessoas no ponto de ônibus quando chove e quando faz muito calor também (isso existe sim, mas não em todos os lugares)?;
3. por que eles tapam buracos específicos das ruas e não a recapeiam logo de uma vez (por que será que eles esperam tanto para dar um jeito no estrago?)?;
4. será que eles não resolvem ou demoram para arrumar as coisas por questão de dinheiro, apenas?
5. por que nossos colchões (sem cobertores e afins) são tão quentes?;
6. como os mendigos sobrevivem às chuvas de ventos?;
7. por que as pessoas insistem em considerar seus valores morais absolutos e tentam impô-los a outras sociedades (como o caso das mulheres no islã)?

Eu também penso, e muito, em:
8. por que sou obrigada a dar meu dízimo todo mês para que a igreja faça o que quiser enquanto ouço de seus membros que só serão aceitos membros que trabalhem e tenham carro (absurdo)?;
9. o pastor realmente ora antes de consagrar obreiros e /ou antes de consagrar os já existentes a cargos superiores?;
10. se ele tem consciência das coisas que acontecem ou se ele prefere tapar os ouvidos e os olhos (e se ele ora, nesse caso);
11. por que Deus deixa tudo isso acontecer?

Quero as respostas, as procuro e, se encontro, não faço nada com elas. Muitas vezes gostaria de ter ficado na ignorância e muitas vezes fiquei satisfeita por ter matado a curiosidade.

Percebo que os questionamentos que surgem mudam os pensamentos que existem (existiam) e que, se os alimento com outros questionamentos, o máximo que consigo é uma reação diferente ante a situações que envolvam esses novos pensamentos.

Muito raramente (mas não tão raramente quanto gostaria), me vejo com tanta vontade de mudar as coisas que parece que sou capaz de fazer milagres. Mas aí vejo que não posso fazer nada sozinha e me deparo com a inércia, a má vontade, a preguiça e a divergência de pensamento, dos outros e desisto.

Enfim o que realmente quero trazer é:
No que você pensa quando está pensando? E o que faz com isso?


Beijos