segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Amor Eterno


Muitas pessoas querem encontrar um amor para a vida toda, ou amarem intensamente alguém e serem correspondidos. Posso ir além e dizer que as pessoas querem alguém compatível, alguém que as complete, que as entenda e que esteja lá a todo momento.

Mas será que isso é real? Ou o amor que começa intenso vira respeito e amizade? Será que ao longo do amor, amamos outros, sem deixar de amar a um apenas? Digo, é possível continuar amando aquele, amar sua companhia, suas palavras, seus carinhos; mas é possível amar outros também, sem deixar de amá-lo? Não falo das pessoas que amam a vários de uma só vez, estou falando dos amores que surgem, do mormaço que surge em um dia quente e vai embora no dia seguinte.


Afinal, existe amor eterno ou não?


Conheci uma menina que amou uma vez. Ela dizia sofrer pelo amado, sofrer pelas vezes que ele a ignorava, pela frieza com que era tratada, pelo mistério que era o outro para ela - até aí... Todos somos um mistério até que alguém se proponha a nos desvendar/resolver - e pela constante negatividade do amor dele, pois era sempre ela quem lhe amava.
Haviam muitas brigas, discussões, lágrimas, risos de escárnio e solidão.

O amor foi traído. Então, como uma pessoa que não para de correr até tropeçar e se machucar muito, o amor parou, acabou.

E a menina disse que era por esses sujeitos que ela não amava de verdade.

Mas, inconstante como sempre e belo como nunca, o amor voltou, arrebatador, pegando-a de surpresa. E ela, advertida pela recente dor de uma traição, pediu ao anjo para que ele a conquistasse, fazendo, dessa maneira, a experiência de amar, amável.
O amor provou-se persistente e vencedor; essa menina hoje ama intensamente, e é amada na mesma proporção. A dor passou. Novos planos surgiram, coisas que essa menina não pensava, atitudes que ela não tomaria, antes de sofrer.

Por isso eu digo que do mal sempre tiramos algo bom.

O amor dela, hoje, é calmo, pacífico, misericordioso. Sem dores, sem desconfiança, o anjo não é um mistério, e esses dois se dão tão bem, que é possível, sim, dizer que há amor eterno, que não acaba, não se finda.


Como eu sou mais racional do que romântica, das três chamas (Fé Amor Esperança), a última que morre não é o amor, é a Fé. Portanto, talvez me contradiga agora, se o amor um dia acabar, a fé de que ele ressurja não acabará, fazendo com que, talvez, ele volte.
Mais arrebatador do que nunca. Talvez um outro amor, talvez o mesmo. Quem sabe?


O amor, em si, é eterno, mas amar é uma arte e uma prática de constante dedicação. Se você não cuidar do mesmo, o jardim morre. As estações mudam, a chuva vem, o calor, e o amor pode sempre ressurgir.

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