sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fácil e Difícil

Fácil e Difícil (Rubens Queiroz de Almeida)

A palavra "difícil" traz consigo uma conotação extremamente negativa. Como significados agregados pensamos em fracasso, incapacidade, incompetência, e por aí vai.

Rotular algo de difícil é algo que mina a auto-estima. Não há nada fácil ou difícil. Existem coisas para as quais estamos preparados e outras para as quais precisamos investir um pouco mais de tempo. Fazer um julgamento sobre a competência ou falta dela para resolver determinado problema baseando-nos apenas em um primeiro contato é algo totalmente equivocado.

A nossa capacidade de reter conhecimentos é tanto maior quanto maior for o nosso conhecimento do mundo. Toda informação nova que recebemos precisa fazer sentido para nós. Não somos computadores, que armazenam informações desconexas, que não se relacionam com nada.

Na escola os professores nos ensinam que devemos ler um texto no mínimo duas vezes: a primeira vez para obter uma impressão geral e a segunda vez para obter uma visão mais aprofundada. Na verdade o que ocorre é que, quando lemos o texto pela primeira vez, grande parte das informações que possuímos subconscientemente sobre o assunto são trazidas à tona. Por isto que a segunda leitura é bem mais fácil que a primeira.

Na verdade não lemos com os olhos e sim com o cérebro. Mesmo que uma palavra esteja incorreta, freqüentemente não notamos o erro. Se encontrarmos a palavra "Naboleão", dificilmente notaremos a troca das letras. Estudos demonstram que, se em nossa leitura, identificássemos primeiro a forma das letras, para depois formar as palavras e em seguida as sentenças, não conseguiríamos ler mais do que 60 palavras por minuto. A taxa média de leitura é de 150 palavras por minuto, e existem pessoas que conseguem ler muito mais rápido do que isto empregando técnicas de leitura dinâmica.

Na verdade o que ocorre é que nosso cérebro, a partir de algumas informações visuais, fornece o restante do contexto. Desta forma podemos ver que o nosso conhecimento prévio de determinado assunto pode contribuir para que absorvamos a informação com maior velocidade e facilidade.

Resumindo, o fácil ou o difícil muitas vezes não é um problema conosco, uma limitação, e sim uma indicação de nosso preparo para lidar com determinadas situações. O difícil é um ponto final. Está acabado. O preparo é um processo, um dia chegamos lá. Nunca diga que algo é difícil. Diga: ainda não tenho toda a informação ou capacitação necessária, ainda não estou suficientemente preparado (mas estarei um dia). Você vai ver a diferença.

Geeente, peguei o texto do site do professor de matemática do Colégio.
http://www.senhorprofessorvinicius.tk/
Tem mais coisas quando se clica em Página Inicial>Interesse Geral>textos.

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