sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Variante

Antes de tudo, quero dizer que essa história faz parte de uma outra.
Minha amiga, Marina, escreveu uma história SUPER, que contava a história dele, e eu tive essa super inspiração da história dela. Pessoas, é tudo sinistro, então não esperem algo muito... bonito ou romântico.



"Domingo a noite. Termino de tocar a peça para piano que tanto gosto. Está escuro e silencioso. Da janela não se vê uma pessoa andando. É tarde, mas não o suficiente para que a maioria das pessoas fiquem em casa.

A única iluminação é a da lamparina em frente ao parque. As árvores que de dia brilham e iluminam o cenário do bairro agora se projetam fantasmagoricamente. O vento balança seus galhos e a luz da Lua de repente ilumina tudo. Um arrepio percorre meu corpo. O número de árvores parece ter triplicado, e os bancos definitivamente estavam ali horas atrás.

Olho pra cima e percebo a Lua acima de tudo isso. As nuvens carregadas logo a escondem e tudo se torna escuro novamente.

O medo se apodera do meu ser. Algo estala à minha frente e posso sentir uma presença em casa. É pesado, quase como se estivesse atrás de mim, mas do fraco reflexo da janela não consigo ver nada.

Não me mexo, continuo de braços cruzados. Sei que meu coração está batendo com tanta intensidade que acredito ser possível ouví-lo de longe. Se alguém ou algo me procura, definitivamente pode me ouvir.

A respiração se torna pesada e tento tirar a atenção do invisível e me focar no que posso ver. Luz. Claro, a luz pode me ajudar. Mas onde fica o interruptor? É perto daqui? E se ele estiver mais perto ainda?

Olho para fora, mas a luz da Lua não ajuda. No meio das árvores posso ver alguém. Posso ver sua face e descrever suas roupas, mas tenho medo do que está aqui dentro, que não pode sair, do que aquilo que está fora, que não pode entrar.

Então meus olhos encontram com o dele. Sei disso pelo que senti. Meu corpo passa a formigar de uma maneira diferente, quase como se o outro tivesse me tocando. Meu coração bate ainda mais forte e uma das minhas mãos passa a mexer no pescoço, como se tivesse doendo e eu precisasse relaxar.

Porém nada adianta, nada adianta.

A presença agora é mais forte e sei que me toca, se apodera de mim, mas não vejo nada, não há nada físico aqui. O que me parecem ser mãos deslizam pelo meu abdomen, numa carícia sensual. Estou petrificada, mas não consigo me mexer.

O outro ainda me olha, dessa vez caminhando lentamente, quase como se estivesse com tanto medo quanto eu. Mas uma de suas mãos agora é visível e ela se estende pra mim, descendo logo em seguida, até parar. Então também pára.

A presença agora mexe embaixo de meus seios, me provocando, enquanto a outra mão avança abaixo do meu ventre, parando entre minhas coxas.

O outro agora está embaixo da lamparina, e posso vê-lo tirar o casaco e acenar com a cabeça para a presença e então a mão que estava parada aperta com intensidade a região que me dá prazer, movimentando circularmente, enquanto a outra mão aperta meus seio esquerdo. Sinto uma pressão na minha nuca, mas não sei o que é, as sensações são fortes, e o raciocínio se foi.

Fecho meus olhos e abro meus lábios, pendendo a cabeça para trás. Agora sinto algo físico. Mãos, têm duas mãos na minha cintura e posso sentir a respiração de alguém em meu rosto. Não abro os olhos, não quero ver. Sei que o outro e a presença eram um, mas não sei explicar. Então eles beijam meu pescoço, abaixando as tiras da minha regata, e eu tiro, tiro toda a minha roupa e me entrego àquele estranho.

Foi tudo tão intenso que só me lembro dos formigamentos, das ondas de calor e do prazer imenso.

Está escuro, mas não é mais noite. Abro os olhos para vê-lo sair. Ele me deixa um rosa branca. Mas sei que deixou mais. Sei que agora está dentro de mim."


UI. Espero que você goste Nina.

Um comentário:

  1. Gostar?... eu amei amor *__*
    e realmente acho que a sua superou a minha ... passo cada dia admirando mais vc xuxu
    Beijos =^__^=

    ResponderExcluir